O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse esta sexta-feira que a Polícia de Segurança Pública nunca se mostrou contra a realização da festa do Benfica no Marquês de Pombal, tendo-se oposto apenas à venda de bebidas e ao palco.
"Tendo em vista a preparação dos festejos, realizaram-se sete reuniões preparatórias, duas das quais no terreno, entre responsáveis da Polícia de Segurança Pública [PSP], Câmara e Benfica, com vista a preparar um evento de grande exigência e perplexidade, para evitar riscos de anos anteriores e para melhorar o conforto e a segurança" dos adeptos, afirmou Fernando Medina, que falava em conferência de imprensa nos Paços de Concelho.
O autarca acrescentou que, "em todas as reuniões preparatórias, a PSP nunca se mostrou contra a realização da festa no Marquês [de Pombal] e a sua realização não foi desaconselhada".
Segundo este responsável, a PSP apenas transmitiu - a 13 de maio - à Câmara e ao clube, o "seu parecer negativo relativo a dois aspetos muito específicos: a colocação de quiosques de venda de bebidas e ao posicionamento e à forma do palco".
Preocupações que, segundo Medina, o município salvaguardou, nomeadamente, autorizando apenas a venda de bebidas em copos de plásticos.
Nesta matéria, "a Polícia Municipal fez vários esforços, estando no terreno desde as 18 horas". Ao todo, foram apreendidas mais de 600 garrafas e foram emitidos mais de 30 autos de notificação, referiu o presidente do município.
No que toca à questão do palco, houve um "empenho de polícias em serviço remunerado" e a criação de um perímetro de segurança, com um "percurso definido" para a passagem da equipa, evitando a invasão dos adeptos e os danos causados no património.
"Nada do que aconteceu no Marquês de Pombal teve a ver com esses receios", mas sim devido à "intervenção de grupos de pessoas que tiveram atos desviantes", frisou.