«Rui Costa é o único da estrutura que percebe de futebol» Jorge Judas
Ainda a saborear a retumbante vitória arrancada ao comando do Sporting na recente visita ao reduto do Benfica, Jorge Jesus visa, com uma boa dose de sarcasmo, a "estrutura" dos encarnados, numa entrevista à "GQ" que estará à venda na próxima semana. A exceção é o administrador Rui Costa, "o único que percebe de futebol", com quem, aliás, confessa ter privado antes do pontapé de saída no dérbi.
Rui Costa é o único elemento daquela estrutura toda que percebe de futebol, é o único que tem algum conhecimento das coisas. É, na minha opinião, o elemento que dá àquelas pessoas que gravitam todas à volta da estrutura do futebol, e que não entendem nada daquilo, alguma sustentabilidade ao nível do conhecimento do jogo e do jogador. O eventual futuro que o Benfica possa ter no futebol, ou passa pelo Rui Costa, ou não passa por ninguém", enfatiza o treinador.
Recuperando um dos episódios marcantes do seu trajeto de seis anos no emblema da águia, Jesus recorda a final da Taça de Portugal perdida para o Vitória de Guimarães de Rui Vitória, no Jamor, em maio de 2013, para se centrar no ataque de foi alvo por parte do então seu avançado Óscar Cardozo. "Consegui resolver com alguma facilidade porque ele é um miúdo bom. Aquilo foi um momento, não digo de loucura dele, mas de algum desequilíbrio emocional, porque tínhamos perdido duas finais numa semana. (...) Se aquilo tivesse acontecido no treino, seria completamente diferente a minha reação, a minha decisão e a minha atitude para com ele", sentencia.
A respeito da ida à Luz no passado domingo, e discorrendo sobre o comportamento dos adeptos do Benfica, entende ter tido a receção que imaginava. "Não esperava mais nada. Não esperava que me aplaudissem, não esperava que me dessem flores. Para a equipa do Benfica foram gentis, foram apaixonados, foram aquilo que acho que sempre foram comigo", lembra.