A equipa apresentada pelo Benfica na terça-feira, frente ao Besiktas, para a Liga dos Campeões, no Estádio da Luz, foi o reflexo de duas realidades que marcam a atualidade encarnada: por um lado a tempestade de lesões que se tem abatido sobre as águias; por outro, a forte aposta do Benfica em jogadores jovens, sejam eles formados na casa ou contratados em outros campeonatos, e a forma destemida como o treinador Rui Vitória tem dado corpo a esta filosofia.
O Benfica começou o jogo sem qualquer trintão (estavam no banco Júlio César e Luisão) e com sete jogadores até 23 anos, dois deles com menos de 20: Ederson (23), Nélson Semedo (22), Victor Lindelof (22), Álex Grimaldo (20), André Horta (19), Gonçalo Guedes (19) e Franco Cervi (22). De resto, o mais velho era Fejsa (28), seguindo-se Lisandro (27), Pizzi (26) e Salvio (26).
Contas feitas, média de 23,09 anos, o que significa que, das 32 equipas que competiram na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, a do Benfica foi a mais jovem, à frente do Leverkusen (23,63), do Dínamo Zagreb (24,09), do Dortmund (24,27), do Tottenham (24,63) e do PSV (25,09), para citar apenas o top-5 (o quadro completo, com todas as médias, pode ser consultado no lado direito da página ao lado). Curiosamente, o Benfica enfrentou um onze com a segunda maior média de idades (29,36), já que o Besiktas, neste particular, só é superado pela Juventus (30,09).
Estamos a falar das equipas titulares, mas, se adicionarmos os suplentes utilizados em cada equipa e voltarmos a estabelecer a média, surgem algumas oscilações na tabela, mas não no caso dos encarnados, que continuam a ter, mesmo com este critério, a equipa mais jovem que competiu entre terça e quarta-feira.
Note-se que Rui Vitória chamou a jogo, na segunda parte, Samaris (27 anos) e Celis (23), o que fez subir um pouco a média, de 23,09 para 23,38, mas o jovem José Gomes, de apenas 17 anos, esteve também muito perto de ser lançado nos instantes finais. A substituição acabou por ser cancelada com o golo do empate do Besiktas, da autoria de Talisca, mas se o ponta de lança tivesse mesmo entrado, então a média total dos jogadores do Benfica que estiveram em campo passaria de 23,09 para 22,92.
Acresce que o onze escolhido para o duelo com o campeão turco foi também o mais jovem de sempre da história do Benfica na Liga dos Campeões e o segundo mais novo no universo de todas as provas da UEFA.
