Garay foi testemunha do Benfica no processo que o Real Madrid colocou contra o clube da Luz no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), por desconfiança em relação ao valor pelo qual as águias venderam o central ao Zenit em 2014.
O emblema merengue, noticiou ontem o DN e confirmou o nosso jornal, entende que o jogador valia mais do que os 6 milhões de euros cobrados ao Zenit, dos quais apenas 3 milhões, referente a metade do passe, foram parar a Madrid. O clube de Florentino Pérez alega que havia clubes interessados no argentino, e que estavam disposto a pagar 15 milhões de euros [a cláusula de rescisão era de 20 milhões] e, por isso, pede ao TAS uma indemnização em relação ao valor que recebeu e aquele que entende deveria ter recebido.
O Benfica, por seu lado, entende que fez um negócio justo por um jogador que estava no último ano de contrato e que seis meses depois sairia a custo zero. O clube da Luz alega que ninguém iria pagar um valor alto por um central nestas condições de mercado.
E para sustentar esta tese, os encarnados levaram ao TAS o empresário de Garay, na altura, Ricardo Schlieper, e o diretor-geral do Zenit, Maxim Mitrofanov , ambos como testemunhas do Benfica.
O Real Madrid quer mais dinheiro, mas na Luz existe a convicção generalizada que esta pretensão não vai ser aceite pelo TAS. O jogador foi, entretanto, transferido para o Valencia por 20 milhões [ver outra peça], mas isso em nada vai influenciar a decisão, que deve ser conhecida a qualquer momento.