A BOLA foi verificar as estatísticas das últimas três épocas, desde que Jonas chegou à Luz, efetuando o mesmo exercício com os números de Cristiano Ronaldo e Messi pelo Real Madrid e Barcelona.
E se é verdade que o Benfica tem-se mostrado dependente do avançado brasileiro, notando-se efetivamente em termos absolutos a ausência dele quando não está presente, já em relação a Barcelona e Real Madrid as coisas não são bem assim.
O Real, por exemplo, em termos percentuais, não se ressente com a ausência do internacional português (86,4% de vitórias quando este não jogou). É notório no Benfica das últimas três épocas a falta de Jonas: 62,8% de vitórias contra 76,9% quando está presente; ou 23,3% de empates quando não está para 8,3% quando jogou.
Isto em termos absolutos, porque olhando apenas para os números desta temporada a verdade é que o equilíbrio tem sido a nota, daí Rui Vitória ter destacado as tais «soluções» a que foi obrigado procurar: nos 50 jogos desta época das águias em todas as provas, Jonas esteve em apenas metade (25), das 35 vitórias Jonas esteve em 18 (17 sem ele), em nove empates no total quatro foram com a presença dele (cinco sem o brasileiro) e as derrotas (seis no total) são exatamente as mesmas: três com Jonas, três sem ele. Ou seja, Rui Vitória efetivamente conseguiu atenuar a dependência do goleador, provavelmente obrigando a equipa a trabalhar mais para colmatar a ausência. Daí talvez o facto de 19 jogadores do plantel terem feito golos ao longo desta época.
Claro que tudo isto é relativo. Ou seja, nestas três épocas Jonas falhou mais jogos no Benfica do que Ronaldo e Messi no Real e Barcelona respetivamente. Em três anos as águias fizeram 151 jogos, Jonas esteve em 108, falhou 43. Ronaldo apenas perdeu 22 jogos e Messi 23.