Luís Bernardo, diretor de comunicação do Benfica, diz que o clube tem na sua posse factos concretos que comprovam a existência de um «clima de coação e medo» em torno dos árbitros em Portugal.
A partir desta segunda-feira, no programa `Chama Imensa´, da BTV, os encarnados darão a conhecer diversos casos que são já do conhecimento das autoridades.
«Vamos marcar uma diferença clara, não haverá julgamento público. Seremos rigorosos na informação. Tudo o que não for do conhecimento da justiça, não divulgaremos», sublinhou, em declarações ao canal do clube.
«Temos conhecimento de diversas situações que não são do conhecimento público, como telefonemas para familiares antes de um árbitro entrar em campo», adiantou, convicto de que há no futebol português «um clima de coação e medo.»
«Veja-se o Facebook dos Super Dragões antes dos jogos, com ameaças aos árbitros e a divulgação de moradas e números de telefone», exemplificou.
Para Luís Bernardo, criou-se «uma cortina de fumo em torno do caso dos `e-mails`» com o único propósito de «fazer ressurgir o ambiente que se vivia no tempo do Apito Dourado».
«Não é uma resposta aos `emails`. É a resposta que entendemos conveniente e adequada, o resto será tratado nas instâncias próprias e na justiça. Se o Benfica acusa o FC Porto de devassa da vida privada, não podia responder a um crime com outro crime», argumentou, desvalorizando o conteúdo dos `e-mails` que têm sido tornados públicos pelos azuis e brancos:
«Tudo espremido é uma mão cheia de nada.»
«Seria bom que FC Porto e Sporting dessem o mesmo exemplo do Benfica e abrissem as portas às autoridades», sugeriu o diretor de comunicação das águias.
