O adepto do FC Porto que entrou no relvado do Estádio do Dragão e agrediu Pizzi, nos instantes finais do clássico de sábado passado, apresenta-se amanhã perante um juiz do Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto. O simpatizante azul e branco, de 34 anos, é de Lisboa, onde tem uma empresa.
Após se ter acercado do banco das águias, onde estava instalada a confusão, e ter atingido o médio das águias, o invasor foi empurrado por elementos ligados ao Benfica e facilmente agarrado pelos seguranças. De acordo com as informações recolhidas por Record, Pereira acabou detido por invasão de recinto desportivo e, antes de ser libertado, foi constituído arguido e notificado para apresentar-se em tribunal.
O adepto será sujeito a julgamento sumário, conhecendo a sentença que, no limite, de acordo com a Lei 39/2009, de 30 de julho, alterada pela Lei nº 52/2013, de 25 de julho, pode chegar a pena de prisão até um ano e quatro meses ou multa. Pode ainda ser sancionado com pena acessória de interdição de acesso a recintos desportivos, entre um a cinco anos.
O FC Porto, esse, é que arrisca ver o estádio interditado um ou dois jogos, cenário que o nosso jornal adiantou na edição de ontem, com base no Regulamento Disciplinar da Liga. Tudo vai depender do teor dos relatórios, já que o árbitro Jorge Sousa e as forças policiais registaram a ocorrência.
Águias atentas
O Benfica, sabe o nosso jornal, nada fará por enquanto, confiando que o incidente não passará impune. Os responsáveis do Benfica não têm dúvidas de que se trata de uma agressão e que os regulamentos serão aplicados, resultando na interdição do Dragão. Fonte da Luz sublinha a intencionalidade: "Até se desviou para ir direto ao Pizzi." Perante as imagens e os relatórios, o Benfica entende que não resta outra alternativa à justiça desportiva que não atuar. Em último recurso, os encarnados só atuarão se nada for feito, o que não deverá ser o caso.
