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«Os jogadores não vão para o campo a pensar nas confusões»



O ex-futebolista César Peixoto antevê o clássico de domingo entre Benfica e FC Porto, para a 30.ª jornada da Liga NOS, como "um jogo muito importante, mas que não vai decidir já o campeonato". 

"Temos de pensar que ainda há jogos difíceis e na parte final da liga portuguesa, principalmente, os jogos tornam-se bastante complicados. As equipas têm todas os seus objetivos para atingir e percebem que cada vez têm menos tempo. Será sempre um campeonato muito renhido até ao final"

Embora destaque à Lusa o equilíbrio como nota dominante do clássico, o esquerdino assume que a experiência de vitórias dos 'encarnados' nos últimos anos, espelhada na possibilidade de um 'penta' inédito na história do clube, pode fazer a diferença num jogo que será sempre decidido nos "pormenores" e com uma intensidade máxima.

"Os títulos dão experiência, calma, maturidade; são aqueles jogadores que ficam vários anos e a vencer, é isso que dá o tal estofo que eu acho que o Benfica tem de vantagem em relação ao FC Porto, mas em jogo jogado nem sempre é a equipa que está melhor que ganha"

Por outro lado, o estatuto de segundo classificado do FC Porto não inibe César Peixoto de considerar os 'dragões' a equipa "mais regular" da Liga, uma vez que liderou a prova durante a grande maioria das jornadas. Em virtude da perda da liderança para o rival encarnado, o ex-jogador assume a sua "curiosidade" pela resposta da equipa de Sérgio Conceição.

"As duas equipas tiveram as suas fases: quando o Benfica esteve menos bem foi numa fase em que havia muito campeonato pela frente; já o FC Porto esteve menos bem numa altura crucial do campeonato"

O antigo futebolista, de 36 anos, espera ainda "um Benfica igual a si mesmo" e não descarta que o FC Porto possa adotar uma tática de três homens no meio-campo para "dar mais coesão e músculo" na luta com o líder. E sobre a luta entre os dois clubes fora das quatro linhas, César Peixoto garante que isso não vai pesar na mente dos jogadores.

"Tenho a certeza de que vai ser um jogo intenso, agressivo, se calhar com algumas picardias, mas os jogadores não vão para o campo a pensar nas confusões que têm havido fora de campo. Vão a pensar no jogo que têm de ganhar e não estão minimamente preocupados com o que se passa fora das quatro linhas e que é lamentável"