Miguel Bento, diretor comercial e de marketing do Benfica, em sintonia com outros dirigentes de topo do clube, tem plena consciência do peso que a Liga dos Campeões tem no envolvimento com os adeptos e, consequentemente, nas receitas que geram para os cofres encarnados.
«Recomeçar bem, com a entrada na Liga dos Campeões, é essencial. A diferença do ponto de vista financeiro entre estar e não estar é conhecida, temos de conseguir a todo o custo chegar à Liga dos Campeões. É possível com aquilo que a gestão desportiva está a fazer, reforçando a equipa de futebol, mas é também imprescindível que o Benfica seja empurrado pelos seus adeptos. O colinho dos adeptos é imprescindível para atingir esse objetivo. É importante que o estádio esteja sempre cheio»
Miguel Bento tem em mãos a receita para uma nova temporada de sucesso nas bilheteiras da Luz. Nunca, como em 2017/18, «o Benfica ganhou tanto ao nível da quotização», garante.
«Estamos a dar um passo atrás para dar dois à frente, numa fase inicial vamos perder receita, mas estamos a criar condições para prolongar, por exemplo, a ligação dos jovens associados ao Benfica e esperamos compensar a redução da receita com a entrada de novos sócios. É um projeto a médio/longo prazo, mas esperamos que no final do ano haja já uma inversão», começou por explicar, numa altura em que anuncia reduções de valores nas quotas das famílias benfiquistas e não só, pois também a transição dos 17 para os 18 anos era preocupação e vai merecer atenção, «com valores mais baixos para os sócios até aos 23 anos».
«Temos a expectativa de, ao fim de um ano, fazer crescer a nossa base de sócios em cerca de 50 por cento. Estamos a falar de uma aproximação aos 300 mil sócios»
