Benfica antes de tudo, até da família, pelo menos essa é a visão que David Luiz, apaixonado pelo clube, tem dos adeptos das águias. O defesa-central brasileiro, 31 anos, volta a declarar-se de amores aos encarnados, insistindo que vai mesmo regressar. «Penso terminar a carreira no Benfica», disparou.
Numa entrevista do jornalista Thiago Asmar, disponível hoje no Canal Pilhado, no YouTube, a partir das 22 horas, David Luiz foi questionado sobre este carinho tão forte pelo Benfica. Carinho, não. «O Benfica é uma paixão», disparou, para justificar:«O benfiquista é apaixonado. Quando se entrevista um benfiquista, ele diz: Benfica vem primeiro, depois vem a mulher e a minha família. Eu costumo falar: Quem não é benfiquista mas tem oportunidade de viver o que é o Benfica... torna-se benfiquista.»
Será, então, esta paixão mais forte do que por qualquer outro clube brasileiro? David Luiz conta que é corinthiano «desde pequeno», desde que ouvia «pela rádio» os golos de Marcelo Carioca, mas tornou-se benfiquista «pela forma como tudo aconteceu» no clube da Luz. «Como jogador, o Benfica foi onde aprendi a amar e a ser torcedor», assinalou.
Benfica lutou pelo brasileiro
David Luiz chegou à Luz em janeiro de 2007 e estreou-se, sob o comando de Fernando Santos, na primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa contra o PSG (1-2), em Paris, a 8 de março. Nunca mais saiu da equipa titular. Até que teve mesmo de sair do clube, em janeiro de 2011, quando foi transferido para o Chelsea por €25 milhões (mais o passe de Matic, avaliado em €5 milhões).
O brasileiro, porém, conta que nem tudo foram rosas. Ao contrário, havia muitos espinhos. «Foi difícil escolher», começou por dizer, sendo interrompido e questionado sobre se não queria sair: «Justamente pelo que senti no Benfica.»
David Luiz conta pela primeira vez como Rui Costa, diretor desportivo e administrador da SAD, foi decisivo na transferência e, sobretudo, em tranquilizá-lo, informando-o que os encarnados o aguardariam sempre de braços abertos. «Saí do Benfica a 31 de janeiro, no último dia da janela de inverno. Foi difícil, adoptaram-se da melhor maneira e pensava: Não, vou ficar. E o Benfica, naquele dia, tentando oferecer mais dinheiro que o Chelsea. Foi o Rui Costa que me falou assim: Vai que eu quero que você mostre o seu futebol ao mundo, não só aqui. O Benfica vai estar aqui, o Benfica vai esperar-te, o Benfica ama-te, vai. Isso ajudou-me muito a decidir. E então falei: Vou.»
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