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«Gedson tem tudo para ser aposta»



Titular e um dos melhores em campo nos jogos de preparação com o Napredak e o V. Setúbal, Gedson Fernandes, 19 anos, está a confirmar as mais elevadas expectativas de treinadores e dirigentes do Benfica, alimentadas durante nove anos de formação no Seixal. E, por isso, os desempenhos do médio, internacional dos sub-15 aos sub-20, nada surpreendem Hélder Cristóvão. «Preparámo-lo para que este seja o ano de afirmação dele. O desafio era afirmar-se já na pré-época»

O treinador de 47 anos fala com orgulho de «um miúdo já muito direcionado para o que pode alcançar» que percebeu, especialmente na última época, «que pode chegar alto, a um patamar muito elevado». Hélder Cristóvão revela que Gedson é um rapaz «descontraído, muito sério no que faz e que não sente a pressão». Essa forma de abordar a competição e o treino despertou, ao longo da formação, uma certa desconfiança sobre se estaria capacitado para responder à altura quando fosse chamado à equipa principal. Essas dúvidas, porém, depressa se dissiparam. «Está muito focado e confia muito nas qualidades que tem. Está preparado para ter sucesso»

Hélder Cristóvão considera que Gedson é «um médio de ligação e de transição», em resumo «um número 8». Neste momento, não o aconselharia «a tentar o jogo logo», segure que o seu ex-jogador opte mais por «passes de ligação e movimentos de rutura, nos quais é muito forte, com e sem bola». Na lista das melhores característica, o treinador destaca, ainda, «a capacidade física extraordinária e a capacidade de choque». Isto «apesar de parecer franzino». Neste momento, Gedson «já pode dar ao jogo do Benfica rapidez e equilíbrio nas transições ofensivas e defensivas». O jovem médio «tem boa perceção das coberturas defensivas, sabe jogar entre linhas, tem boa leitura de jogo e pode jogar com dois ou três médios». Contra o V. Setúbal, Hélder Cristóvão já viu Gedson como «médio de corredor na fase de transição»

Questionado sobre se pode comparar-se Gedson e Renato Sanches, Hélder começa por sublinhar que «são jogadores diferente», embora admita «semelhanças no que podem oferecer ao jogo». Sublinha que o médio do Bayern «é mais potente e tem meia distância melhor», mas acrescenta que «Gedson já tem um sentido de responsabilidade tática que Renato não tinha.» Daí a conclusão de que «Gedson tem tudo para ser aposta esta época».