Depois de já termos perdido a conta à quantidade de pontes que atravessámos em pouco menos de 10 quilómetros, chegamos, finalmente, ao Highmark Stadium, casa dos Pittsburgh Riverhounds – equipa da USL, 2ª Divisão dos EUA. Mark Pulisic, pai de Christian, craque do Borussia Dortmund que vai defrontar o Benfica na madrugada desta quinta-feira, é o treinador adjunto e recebe-nos com um aperto de mão, enquanto segura, na outra, uma camisola oficial do filho com o amarelo e preto oficial do gigante alemão. Mas a conversa, essa, até começa com elogios a um dos... ‘inimigos’.
"Gosto do Keaton Parks. É muito bom jogador e muito talentoso. É difícil dizer de que maneira é que jogadores como ele se vão desenvolver na Europa, pois cada um tem o seu tempo. O jogador norte-americano, quando vai para a Europa, tem de se adaptar a um futebol diferente, a uma cultura diferente. Alguns conseguem e tornam-se excelentes jogadores. Espero que ele consiga ter esse sucesso porque tem muito talento"
Essa evolução que espera ver Keaton Parks alcançar, diz-nos Mark Pulisic, foi atingida pelo filho de uma forma que nem o próprio esperava: "Têm sido anos loucos. O Christian desenvolveu-se enquanto jogador muito mais depressa do que eu esperava. Está a adaptar-se muito bem e há, agora, muitas equipas interessadas nele. Mas foi uma boa escolha, aquela que fizemos em 2015 quando aceitámos o convite do Dortmund."
Por ser o treinador adjunto dos Pittsburgh Riverhounds, Mark Pulisic tenta sempre encontrar formas de acompanhar o que se vai passando no futebol do resto do Mundo e não apenas nos EUA. O estilo do Benfica, por exemplo, agrada ao norte-americano, de 49 anos. "É uma equipa que joga bom futebol e que está sempre no topo no campeonato português. Gosto do futebol que praticam, consegui ver alguns jogos na última época."
Os olhos de Mark Pulisic brilham sempre que nos fala do filho. Uma das histórias que nos contou está relacionada com o facto de o jovem jogador do Borussia Dortmund ter como ídolo um craque bem conhecido do nosso futebol: Luís Figo.
"Ainda hoje chamo por ele assim. Aliás, o contacto dele no meu telemóvel tem mesmo escrito ‘Figo’. Quando ele tinha uns cinco ou seis anos ficou fã do Real Madrid, cujos jogos passavam todos na nossa televisão. Aquela equipa dos galácticos, com Zidane, Beckham, Figo... E ele olhava para aquele português e dizia: ‘Gosto da maneira como ele joga!’ Comprei-lhe uma camisola do Real Madrid com o nome do Figo nas costas e pegou. Ainda hoje o chamo assim", diz-nos Mark Pulisic, lamentando, por outro lado, o facto de o filho ainda não ter conhecido pessoalmente o ídolo de infância: "Seria fantástico e acredito que um dia vai acontecer!"
"Ainda hoje chamo por ele assim. Aliás, o contacto dele no meu telemóvel tem mesmo escrito ‘Figo’. Quando ele tinha uns cinco ou seis anos ficou fã do Real Madrid, cujos jogos passavam todos na nossa televisão. Aquela equipa dos galácticos, com Zidane, Beckham, Figo... E ele olhava para aquele português e dizia: ‘Gosto da maneira como ele joga!’ Comprei-lhe uma camisola do Real Madrid com o nome do Figo nas costas e pegou. Ainda hoje o chamo assim", diz-nos Mark Pulisic, lamentando, por outro lado, o facto de o filho ainda não ter conhecido pessoalmente o ídolo de infância: "Seria fantástico e acredito que um dia vai acontecer!"
