Tudo se conjuga para que Josuha Guilavogui, médio de 27 anos do Wolfsburg, continue ao serviço do clube alemão, com o qual tem contrato até 2020. O jogador francês esteve a ser namorado pelo Benfica no mês passado e veio mesmo a Lisboa acompanhado pelo representante, tendo, inclusive, visitado o Estádio da Luz e o Caixa Futebol Campus, como A BOLA deu conta na altura.
Impressionado pelas condições de trabalho das águias, Guilavogui esteve quase a deixar-se tentar pelo convite do Benfica, desapontado com a prestação desportiva do Wolfsburg nas últimas duas épocas e tentado pela possibilidade de lutar por títulos na Luz, mas a recusa dos alemães em negociar o passe e a nega do Benfica em pagar a cláusula de rescisão de €20 milhões cortou as pernas à transferência. Mas Guilavogui, que está a fazer a pré-época com o Wolfsburg e assumiu com toda a honestidade, no final do treino de ontem, ter andado a conversar com o Benfica, disse ter percebido o porquê do clube da Luz não ter aberto os cordões à bolsa.
«Vinte milhões por um jogador de 28 anos talvez seja muito dinheiro. E nós jogámos mal nos últimos dois anos», confessou.
Guilavogui é considerado peça fundamental na formação germânica, que, recorde-se, escapou por um triz à despromoção na última época, depois de na anterior também ter passado por dificuldades na Bundesliga - foram 16.º classificados em ambas as temporadas.
Agora que terminou o período para ativação da cláusula de €20 milhões, Guilavogui confessou à imprensa germânica que não pretende forçar a saída do Wolfsburg, nem fazer o papel que Aubameyang e Dembelé fizeram no Borussia Dortmund para dar o salto para Arsenal e Barcelona, respetivamente, com o último a chegar ao ponto de fazer greve aos treinos.
«Também fico feliz por continuar na Bundesliga. Se tivéssemos sido despromovidos seria diferente, mas sendo jogador da Bundesliga continuo feliz. Forçar a saída? Isso não vai resultar, não quero fazer como Aubameyang ou Dembelé. Não sou assim», disse.