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«Acabámos de entrar na faculdade do futebol e deixámos o secundário»



R - Nota-se muito a diferença da passagem do escalão de juvenis para juniores?

Jair - Claro que há diferença, até mesmo a ideia de sobre o que é o futebol. Nós aqui já não jogamos contra crianças. Tal como nos foi dito no fim a última época tal como no início desta, acabámos de entrar na faculdade do futebol e deixámos o secundário. Temos de começar a trabalhar porque vamos começar a encontrar jogadores mais velhos, um ano ou quase dois. É importante trabalharmos bem.

R- Percebem que estão mais perto da elite?

J - É aquilo que o míster Renato Paiva nos tem vindo a dizer sempre. Estamos a aproximar-nos da elite e não podemos facilitar nem dormir. Temos de nos focar todos os dias no nosso trabalho.

R - O que é que o técnico Renato Paiva vos pede?

J - O mesmo de sempre. Trabalhar sempre na exigência, sem facilitar, sempre focados no que cá estamos a fazer, esquecer o que está por fora. É algo que está sempre a dizer e já repetiu no estágio. A distância a que nós estamos da exigência em relação ao ano passado, é muito menor. Temos de trabalhar mais ainda do que na época passada.

R - Percebem que a linha que separa o êxito do insucesso por vezes é ténue e nem todos conseguem alcançar o objetivo de serem profissionais….

J - Todos sabemos que é complicado ser jogador de futebol. É algo que nos faz perder alguns anos de vida porque é muito difícil chegar ao futebol profissional. Temos de continuar sempre focados e temos de ter atenção às saídas à noite e aos amigos. É preciso pôr isso tudo de parte para quem quer ser jogador. Um futebolista tem de fazer do futebol a sua vida. 

R - Os êxitos de há bem pouco tempo da selecção sub-19 inspiram-vos? 

J - Claro. São jogadores mais velhos, apesar de não o serem assim tanto. Eventualmente, até esta época há possibilidade de nós nos encontrarmos. Qualquer elemento deste plantel tem qualidade, se quiser, para chegar às equipas superiores onde eles estão. Vai depender do nosso trabalho. Nós vemos os atletas mais velhos como exemplo. Só temos de tentar seguir os passos deles. 

R - O seu grande sonho é jogar na primeira equipa do Benfica?

J - Sim. Jogo no Benfica desde os seis anos. Chegar à equipa principal é algo que sempre me motivou. Vou trabalhar para alcançar esse objectivo. 

R - E gostaria de jogar com o seu primo, Renato Sanches, um dia?

J - Gostaria até mais de jogar contra ele. É óbvio que também gostaria de jogar com ele porque seria um privilégio jogar com o meu primo, por ser quem é, mas também pela qualidade que ele tem, pelo trabalho que impõe dentro do campo, nos treinos. É algo incrível. É um exemplo a seguir, mais ainda por ser meu primo, mas gostaria muito de o defrontar.

R - Coletivamente, a UEFA Youth League é um sonho possível de alcançar?

J - Qualquer competição onde nós entremos, é sempre para ganhar independentemente do que seja. De um torneio distrital ao campeonato ou à UEFA Youth League. Não interessa. Nós queremos ganhar e ponto final.