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«É ESTRANHO NÃO VER LUISÃO NO BALNEÁRIO, AGORA SOU O VELHINHO!»



Em entrevista a A BOLA, Jonas falou sobre o final de carreira de Luisão. Explicou que não foi apanhado de surpresa e elogiou a «sabedoria» do antigo capitão das águias «em saber parar na hora certa».

Como é chegar ao balneário e não ver Luisão?

É estranho! Sou amigo do Luisão, as nossas famílias estão sempre juntas fora de campo. Estou sempre em contacto com ele, não se ganha de um dia para o outro. A referência Luisão nos campos e no balneário não existe mais. Temos de ser sinceros em relação a isso. Outros jogadores vão assumir essa responsabilidade. Temos o Jardel, agora o primeiro capitão, que tem muitos anos aqui. Tem todas as condições para assumir esse papel. Perdemos um grande jogador, uma grande pessoa e um grande líder. Mas faz parte.

Foi apanhado de surpresa?

Eu, particularmente, não. Falava comigo, sempre me disse que era a última temporada dele. Estava muito desgastado fisicamente e mentalmente. Quando manifestou a vontade dele perante todos, elogiei a sabedoria dele em saber parar na hora certa. Jogou a alto nível, num clube fantástico. Foi o momento para ele. Já o vi várias vezes depois. Estava aliviado e contente. Fez de tudo para defender este clube e os companheiros dele.

Já se imaginou a passar pelo mesmo e a tomar a mesma decisão?

Imagino. Não podemos esconder esses momentos. É natural que, quando se chega a uma certa idade, com problemas físicos, pensa-se nesse sentido. Não vou mentir. Já tenho pensado algumas coisas nesse sentido, mas agora só quero desfrutar.

Falou de Jardel, mas sente-se uma das referências do balneário?

Sou o mais velho (risos)! Saiu o Luisão, o Eliseu, o Paulo Lopes, o Júlio César. Eram os mais antigos, agora sou o velhinho. A responsabilidade maior é de quem está aqui há mais anos, agora sou o mais velho. Gosto de passar tranquilidade aos mais jovens, sobretudo os do Seixal que chegam à equipa principal. Passo tranquilidade e confiança para eles, mas também aos que chegam do estrangeiro.