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«Bobby Robson quase teve um orgasmo quando soube que estava no banco»



"Sair do Benfica, um clube que joga a Liga dos Campeões, na época a antiga Taça dos Campeões Europeus, para um clube que joga para não descer de divisão, ainda mais na Liga Inglesa, é muito complicado. O nível do campeonato é completamente diferente", afirmou o antigo atacante Isaías. 

"Um jogador do Porto, o Emerson, disse-me que, durante a semana, o Bobby fazia tudo normal, mas quando tocavam no meu nome ele ficava doido, chutava tudo o que aparecia à frente. Quando ele recebeu a informação de que eu estava no banco (no encontro dessa semana com o FC Porto), o Emerson disse que o 'velho' quase teve um orgasmo", atirou o brasileiro.

"Benfica só tinha jogadores de nível de seleção nacional, que todos eram bons", mas são estes dois nomes que nunca se esquecerá. Com João Pinto partilhou o balneário no Boavista e, mais tarde, no Benfica. "Posso até esquecer-me de um ou outro, mas esses dois foram os que eu tive o prazer de jogar", declarou.

"Ligou-me uma revista há uns tempos para falar comigo sobre a Premier League. Eles acham que o primeiro jogador [brasileiro] a disputar a Premier League foi o Juninho Paulista, mas eles esqueceram-se de mim. Fui o primeiro a jogar. Não sei se eles não me consideravam por causa do meu passaporte português, não é?", disse Isaías, que alinhou na segunda jornada do campeonato inglês, ao passo que Juninho apenas se estreou, pelo Middlesbrough, à jornada 12.

"Não faço absolutamente nada agora. Estou a pensar voltar para Portugal, porque o Benfica já me convidou umas três vezes para trabalhar na Benfica TV. Eles têm um programa que interage com os sócios de todo o Mundo através da TV", concluiu.

"Uma vez calhámos em sorteio com o Dínamo de Kiev, Barcelona e Sparta Praga. O Guardiola, que na época jogava no Barcelona, quando entrou em campo, veio até mim e abraçou-me. 'Isaías, Isaías, grande jogador. Dá-me um abraço?'. Um 'cara' que era um grande jogador e hoje está a ser um grande treinador. A essas coisas você diz: "Caramba". Valeu a pena ter feito aquele sacrifício? Valeu. Tanto é que, hoje, se fala do Valdo, do Ricardo Gomes, do Mozer, mas fala-se muito mais do Isaías a nível de Portugal, a nível de Benfica. Porque as histórias perduraram lá escritas".