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Júlio César deixou o estádio desolado


Figura pela negativa, Júlio César foi o primeiro dos que jogaram a sair do recinto, dirigindo-se ao autocarro de rosto fechado.
"Não tenho boas lembranças deste estádio." Júlio César assumiu na véspera da partida não ter razões para sorrir ao visitar o San Paolo e a verdade é que ontem deixou o recinto com ainda piores memórias. Marcado por erros em três dos quatro golos do Nápoles, o experiente guarda-redes, de 37 anos, reforçou negativamente o seu registo diante do conjunto napolitano, já que em seis partidas no San Paolo somou quatro derrotas, alcançando apenas dois empates. E na estreia pelo Benfica, obteve o pior resultado, já que as três anteriores derrotas, pelo Inter, tinham sido sempre por 1-0.


Sem esconder a frustração e a desilusão, Júlio César foi mesmo o primeiro jogador benfiquista a deixar os balneários em direção ao autocarro - à exceção do trio que ficou na bancada, Paulo Lopes, Eliseu e Rúben Dias. O internacional brasileiro passou pela zona mista em passo acelerado e com o rosto fechado, ele que após o apito final do árbitro Felix Brych cumprimentou todos os seus companheiros, ouvindo breves palavras de Luisão. Depois de agradecer aos adeptos benfiquistas, o camisola 12 rumou ao balneário à conversa com Luís Esteves, técnico dos guarda-redes, analisando desde logo alguns lances da partida, com a dupla a apontar até para a pequena área, zona onde Júlio César falhou a bola no 4-0.
Questionado no final sobre se tenciona manter a rotação dos guarda-redes, isto depois da exibição de Júlio César, que se estreou este ano na Champions, após ter colocado Ederson na baliza ante o Besiktas, Rui Vitória sublinhou: "É evidente que a minha opinião não vai mudar em três horas. Tenho toda a confiança nos meus jogadores, em todos que trabalham comigo." "Quando um deles tiver de jogar, vai jogar. A minha opinião não mudou em três horas, era só o que me faltava...", soltou.