Na conferência de imprensa ao jogo deste domingo com o Moreirense, Rui Vitória foi confrontado com as declarações de Sérgio Conceição – o treinador do FC Porto, algumas horas antes, deixou uma indireta, acusando-o de falta de coerência – a propósito das críticas do treinador do Benfica à arbitragem no derby.
«Pode não ser diretamente para mim [a declaração do técnico do FC Porto], mas não tenho problemas em falar sobre isso. Não vou comentar o que ele disse, como se calhar ele não comenta diretamente as minhas palavras»
Mais à frente, porém, deixou farpa. «Incoerência? Também já o Sérgio Conceição disse uma vez ‘deixem os árbitros em paz’. Isto é como tudo...»
«Não sou nenhuma criança, nem tonto. E se tenho uma conversa penso que o nível de inteligência deve ser elevado. O que abordei no final do jogo com o Sporting foi defender o Benfica, e a minha parte, mas como agente que está a viver no terreno esta nova realidade, como alguém que está a sentir permanentemente esta questão, alguém que pode colaborar. Nós, que vivemos isto no dia a dia, temos uma opinião com outra sensibilidade. É como dizer a alguém que vai ser operado que não vai custar nada. É fácil no corpo dos outros»
«Não tenho nada contra o Hugo Miguel, o Tiago Martins, o Fábio Veríssimo, o Jorge Sousa ou quem quer que seja… O Hugo Miguel e o Tiago Martins já me expulsaram, e se calhar bem. Fizeram o papel deles. Referi-me aos árbitros por causa dos lances, e porque, às vezes, seria curioso saber se tomariam a mesma decisão três ou quatro meses depois... O grande problema é que surge um lance rápido e o árbitro até pensa que é penalty, mas está uma pessoa a ver e o árbitro deixa correr. Quem está lá em cima tem um protocolo a cumprir... O problema é que a decisão do árbitro é uma indecisão. E ficamos numa zona cinzenta. Esta decisão tem de ser do árbitro, mas em consciência total»
«As decisões foram do árbitro ou do vídeoárbitro? A lei diz que tem de ser do árbitro, mas a ideia que fica é que foi o vídeoárbitro»
