O antigo guardião da seleção brasileira, Júlio César, deu uma entrevista ao portal Goal, onde abordou vários temas sobre a sua carreira e, como seria de esperar, explicou a opção de deixar o Benfica e o amor que sente pelo clube.
Júlio César falou de um «namoro antigo»: «A partir do momento que decidi vir para o Benfica, foi porque já havia um namoro antigo. Depois do Mundial no Brasil, eu tinha resolvido parar de jogar. Mais uma vez, o meu lado emocional superou o lado racional. Um amigo meu disse que eu devia continuar a jogar, e ressaltou que a minha história era linda. Concordei, mas disse que só voltaria se fosse para jogar no Benfica. Meu amigo, então, entrou em contacto com o Benfica. O presidente prontamente disse-me para apanhar um avião e ir para Lisboa. Cheguei e assinei logo contrato. No Benfica, encontrei novos amigos, novos parceiros de trabalho, vi de perto um clube gigante, onde pude ganhar oito títulos. Era muito prazeroso representar o Benfica. Mas comecei a sentir algumas dores na coluna».
Na época 2015/2016, o ex-guarda-redes acabou por sofrer uma lesão no final do campeonato, e Ederson, também brasileiro, foi o seu substituto durante um ano.
«Foi nessa altura que o Ed apareceu de vez e fiquei suplente durante um ano. Quando ele se foi embora, resolvi jogar as minhas últimas cartas, cuidar bem da coluna para poder jogar o ano todo e, quem sabe, pendurar as luvas. Mas não foi isso o que aconteceu, passei por uma série de indisponibilidades por causa da coluna, e foi aí que surgiu a dúvida do clube sobre a minha continuidade na equipa. Optei pela rescisão, o que seria o melhor para o Benfica e para mim, porque não estava a conseguir dedicar-me nos treinos como sempre me dediquei durante toda a minha carreira. Só estava a prejudicar»