Logo a abrir: qual o melhor momento ao serviço do Benfica? E o pior?
- É difícil em 15 anos colocar um pior momento, mas acho que foi quando, dentro do campo, senti a falta de apoio dos adeptos e tive de reagir. O melhor foi o famoso golo que nos possibilitou a conquista do título [ao Sporting]. Pelas minhas filhas continuo a dizer que não foi falta. Mas também quando fraturei o braço. Cheguei a pensar que a minha carreira tinha terminado, mas com resiliência consegui renascer e liderar a conquista do tetracampeonato.»
E qual o adversário mais difícil que enfrentou?
- Adversários houve muitos, tanto na seleção brasileira como no campeonato português ou pelo Cruzeiro. É difícil enumerar, mas o mais importante é estar bem preparado e aceitar quando não corre bem para podermos melhorar.»
«A minha história foi feita em 538 jogos e cheguei a conclusão que era a melhor hora e que posso dar o meu contributo fora do campo para a reconquista.»
Faltou um título internacional?
«Sim, é uma das coisas que lamento. Tivemos duas finais europeias, mas não conseguimos.»
Porque não abraçar a carreira de treinador?
«Não posso, junto dos treinadores não sei nada, apenas tenho a visão de dentro do campo. Vamos ter calma, o caminho vai ser longo.»
Sucessor como capitão?
Sucessor como capitão?
«No Benfica todos os jogadores têm essa capacidade, desde os jovens que estão no Seixal. O Jardel passa a ser o nosso capitão, mas a liderança é repartida»
Chegou a pensar em sair do Benfica?
Chegou a pensar em sair do Benfica?
«Houve alturas em que se criou alguma polémica, também devido à minha falta de experiência. Lembro-me de um dia em que chorei no parque de estacionamento, queria voltar ao Brasil. O psicólogo chamou-me e disse-me que iria voltar ao Benfica vitorioso. A partir desse dia decidi que iria fazer história no clube.»
Como vai ajudar o clube?
«Ainda é cedo para definir. Descobri agora que a minha filha tinha pedido numa carta ao pai Natal no ano passado para que eu encerrasse a carreira. Eu ainda não pensava nisso, por isso vamos ter tempo para definir.»
Como vai ajudar o clube?
«Ainda é cedo para definir. Descobri agora que a minha filha tinha pedido numa carta ao pai Natal no ano passado para que eu encerrasse a carreira. Eu ainda não pensava nisso, por isso vamos ter tempo para definir.»