Domingos Soares de Oliveira confessou que os salários no futebol estão a crescer mais do que as receitas, mas o diretor executivo da SAD do Benfica admitiu também que essa é uma necessidade.
"Há dois aspetos cruciais. O primeiro é a nossa não dependência do sistema financeiro português que passa a ser reduzida a uma expressão de contas caucionadas que utilizamos ou não em termos das nossas necessidades. Dá-nos uma liberdade do ponto de vista de atuação muito significativa. O segundo aspeto é de impacto no balanço. O nosso passivo vai ser reduzido, nomeadamente no passivo exigível, que vai ser reduzido na proporção que o presidente falou que será entre 90 a 100 milhões de euros. Um terceiro aspecto é o facto de todas as garantias que estão afetas ao sector bancário vão ser libertadas"
"No final do dia, o Benfica tem de ter uma posição única e não é relevante a posição do Domingos Soares de Oliveira ou do Manuel. O que digo é que a divida quando construída, não tendo nós um accionista de referencia muito grande que esteja na disposição de por aqui 500 milhões de euros, somos sempre um clube muito alavancado em termos de divida para podermos fazer o resultado financeiro. Se imaginarmos que o futuro do Benfica é viver com os 3 empréstimos obrigacionistas que são cerca de 150 milhoes de euros, se eu conseguir gerar com esses 150 milhoes investimentos que me dêem resultado acima do custo desse endividamento – que nos custa em média 4% - e conseguindo um retorno de 8, 10 ou 15%, significa que estou a criar valor dentro do Benfica sem comprometer as contas. As pessoas preocupavam-se com o passivo e tinham razões para isso porque passámos uma fase muito intensa do ponto de vista de investimento seja nas infraestruturas, no plantel. Hoje, esse investimento é menor com a expansão do Seixal. É um passivo perfeitamente gerivel por parte do Benfica".